
Já imaginou sua geladeira avisando sobre um produto que está perto do vencimento ou fazendo a lista dos produtos que estão acabando? E seu relógio com acesso à internet e com aplicações tão úteis quanto as presentes em seu smartphone? Ou ainda, seu carro interagindo com a concessionária para agendar a revisão?
Os exemplos citados parecem ter saído de um filme de ficção cientifica, onde as máquinas têm vida e interagem entre si e com as pessoas. Porém, estamos falando de exemplos reais, de tecnologias que fazem parte de um conceito chamado Internet das Coisas.
Se você ainda não tinha ouvido falar nesse conceito, é bom ir se acostumando, pois ele vem ganhando espaço no mercado e nos promete um futuro conectado.
A Internet das Coisas foi destaque da última edição da CES (Consumer Electronics Show), a maior feira de eletrônicos, que ocorre anualmente nos Estados Unidos, a fim de apresentar ao mundo as novidades tecnológicas das principais fabricantes.
Mesmo que na prática os produtos demonstrados na feira ainda pareçam apenas promessas e longe da nossa realidade, especialistas e estudos mostram que se trata do inicio de uma revolução tecnológica que representa o futuro da computação e da comunicação.
Algumas empresas já trouxeram o conceito de Internet das Coisas para a vida das pessoas, como a Apple e a Nike. A parceria entre as companhias consistiu na instalação de chips nos tênis de corrida a fim de monitorar os exercícios físicos.
Outro produto que se aproveita do conceito é um pequeno robô chamado Nabaztag, da empresa Violet: um coelhinho aparentemente inofensivo que fala, mexe as orelhas e pisca luzes coloridas. Cada cor que ele assume representa uma informação, como, por exemplo, a chegada de novos e-mails, a previsão do tempo, a situação das estradas e até o comportamento das bolsas de valores, tudo em tempo real.
Os pilares que garantem a transformação do conceito em realidade são a identificação por RFID (sigla em inglês para identificação por radiofrequência) e marcação de objetos do mundo físico, além das redes sem fio ubíquas (ou seja, presentes em todos os lugares) e a mudança do protocolo de internet para a versão IPv6.
Até aqui, tudo perfeito! Porém, há um lado ainda pouco abordado em toda essa história: a segurança.
Como fica a segurança de dados e das pessoas em um mundo ultraconectado? Com mais dispositivos e objetos ligados à Internet, aumentará os ataques por cibercriminosos? E a espionagem por governos? Como as companhias e fornecedores de TI estão se preparando?
E você, está preparado para esse futuro ainda mais conectado?