
Segundo os “ecos” que vieram de Barcelona, onde todos os players do mercado de mobilidade estavam reunidos no maior evento de mobilidade do mundo, o Mobile World Congress 2012, existe um clamor por parte dos usuários de mobilidade ao acesso a internet móvel que as operadoras estão dispostas a efetivamente “comprar a briga” e buscar alternativas fora das duas plataformas que hoje dominam o mercado que são o iOS (Apple) e Android (Google).
Nos primeiros discursos feitos pelas grandes operadoras, ficou claro que todos querem sair do “duopólio” dessas duas empresas que detém mais de 60% do mercado de smartphone no mundo e que acabam, por incrível que pareça, criando uma dependência dessas operadoras em atrelar suas novas ofertas de internet móvel com essa duas plataformas.
Segundo as operadoras, que estão dispostas a investir, a saída é acelerar o desenvolvimento de uma nova plataforma para equipamentos móveis baseado no HTML 5 (Hypertext Markup Language, versão 5). Esta quinta versão do HTML, após 10 anos sem atualizações, vai remover a maioria das barreiras que têm dificultado uma navegação mais amigável, exibição de vídeos e outras ferramentas.
Pelo andar da carruagem, no mercado de consumidor final, as novas tecnologias móveis podem se tornar perecíveis em cada vez menos tempo. Tudo indica que o Android e iOS, que praticamente limitaram a expansão do BlackBerry para o mercado de consumidor final, terão muito menos tempo para comemorar essa vitória, já que novos aparelhos, bem mais baratos e suportando HTML 5, são esperados ainda para este ano.
Por outro lado, no universo corporativo (email + apps corporativas) que vai precisar de uma plataforma mais estável, administrável, com segurança, etc, continuaremos a ver a briga entre Android/iOS/BlackBerry. Sendo esse último utilizado, ainda, como a opção mais segura para o universo corporativo.
Citando Darwin: “sobrevive aquele que melhor se adapta ao meio”. Logo, podemos esperar novidades interessantes sendo anunciadas pela RIM, GOOGLE e APPLE no decorrer de 2012 já que ninguém vai querer ficar descrito nos livros de história como um personagem de uma nova “Galápagos”.