João Ledo, Gerente de Contas do Grupo Binário.
João Ledo, Gerente de Contas do Grupo Binário.

Mesmo com a instabilidade da economia, 71% dos líderes das empresas nacionais irão destinar, no mínimo, 20% de seu orçamento para a tecnologia neste e no próximo ano, aponta pesquisa da Freeform Dynamics.

O movimento indica que as corporações brasileiras não apenas estão cada vez mais dando atenção ao investimento em TI como também o estão entendendo como um alicerce para vencer a crise.

Por que? Pelo entendimento de que a tecnologia não está mais na infraestrutura das companhias, mas atua como uma das interlocutoras para geração de novos negócios, tendo uma participação cada vez mais direta nos lucros.

Durante o recente Gartner Symposium ITxpo, em Orlando, os analistas da consultoria global salientaram o quanto a economia digital cresce: para o próximo ano, a expectativa é de que os negócios digitais cresçam exponencialmente, com destaque para os dispositivos móveis, que estão na mira dos executivos.

Especialmente os executivos brasileiros, que têm aumentado a percepção dos benefícios da mobilidade e da conexão anytime anywhere, passando mais de 30h semanais na internet. O volume de vendas por smartphones e tablets cresce a cada dia, bem como a adesão a aplicativos corporativos. No segundo semestre de 2014, as vendas por dispositivos móveis já somaram 14% das transações online, sendo 10% via smartphones e 4% via tablets, movimentando cerca de R$ 160 bilhões de vendas anuais

Segundo a consultoria, esta experiência com a tecnologia tem feito com que o empresariado sinta necessidade de abrir novos mercados e, com isso, alavancar as plataformas tradicionais e garantir competividade.

Nisso, entra o movimento que tem feito crescer também as vendas de cloud computing, IoT, wearables, sistemas corporativos diversos. A tecnologia está aí para ser aliada ao negócio e gerar resultados, e o empresário brasileiro sabe disso. Não à toa: a estimativa utilizada pelos especialistas da Freeform Dynamics é de que a cada 1% de aumento de gastos com soluções/ produtos há um incremento de até 7% no lucro das companhias.

E apesar do crescimento dos investimentos em TI, o Brasil ainda é um mercado em que este campo tem muito a crescer. As empresas estão caminhando para atingir um grau de maturidade pautado na tecnologia como uma das principais vigas de sustentação para os negócios – no ano passado o país foi o 7º do mundo em investimentos em TI, com US$ 60 bilhões, mas ainda este ano deverá aumentar isso na casa dos 7,5%, segundo a ABES.

A passos cada vez mais largos, as corporações nacionais estão expandindo a capacidade de compreensão e investimento em tecnologia. Ponto para as empresas, ponto para o país. E ponto negativo para a crise.

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