Entramos na era da nuvem 3.0!!!
A computação em nuvem passou por várias interações ao longo de suas duas décadas de existência. A primeira geração de nuvem — de 2000 até aproximadamente 2010 — era sobre aplicativos de software como serviço (SaaS). A nuvem 2.0, de 2010 a 2020, expandiu essa visão, permitindo que as organizações se beneficiassem de infraestrutura como serviço (IaaS) e plataforma como serviço (PaaS).
Agora, em 2021, fornecedores estão dizendo que entramos na era da nuvem 3.0. Ela se baseia na expectativa de que toda a TI estará de alguma forma conectada à nuvem em algum momento. Para saber mais sobre o que é a nuvem 3.0 e como ela pode impactar sua empresa no futuro, continue lendo!
Evolução até a nuvem 3.0
Antes da nuvem 1.0, os aplicativos de processos de negócios exigiam grandes investimentos iniciais em infraestrutura e operações de TI em larga escala. A nuvem 1.0 interrompeu isso com a chegada do SaaS (software como um serviço), que oferecia aplicativos de processo de negócios padrão à la carte sem investimento inicial.
A nuvem 2.0 veio em seguida, interrompendo a infraestrutura de TI para o desenvolvimento de aplicativos com ofertas que variam de IaaS (infraestrutura como serviço) a PaaS (plataforma como serviço). Antes da nuvem 2.0, os desenvolvedores tinham que gerenciar tudo, desde hardware até bancos de dados e servidores da web.
Depois de usar IaaS para o Big Data, as organizações começaram a perceber os benefícios de usar servidores na nuvem pública para outros aplicativos também. Isso impulsionou a demanda por ofertas de PaaS, incluindo bancos de dados gerenciados, servidores de aplicativos e servidores da web, bem como desenvolvimento de software, implantação e gerenciamento de aplicativos.
Mesmo assim, os desenvolvedores ainda precisavam configurar e controlar a maioria dos componentes do aplicativo. É aqui que a nuvem 3.0 está criando a próxima onda de interrupção. Com a nuvem 3.0, os desenvolvedores criam aplicativos de alta disponibilidade e processamento paralelo maciço, decompondo o software em subcomponentes conectados chamados microsserviços.
Quando os microsserviços cobrem um caso de uso comum (como um pagamento com cartão de crédito em um aplicativo de e-commerce), os desenvolvedores podem usar um serviço da web de nível comercial pronto, em vez de construir, executar e manter um novo código do zero.
Para a funcionalidade que deve ser criada, os desenvolvedores podem usar o FaaS (função como um serviço) para trazer código e dados para plataformas onde uma infraestrutura hiperconvergente virtualiza todas as camadas (ou seja, “tudo” definido por software de redes e armazenamento para servidores, bancos de dados e aplicativos).
Na nuvem 3.0, as bibliotecas de código são uma coisa do passado. Em vez disso, os desenvolvedores utilizam serviços da web que são bibliotecas de código junto com a infraestrutura necessária para processar e armazenar dados. Para oferecer suporte a esses serviços da web, os provedores de nuvem implantam sistemas de gerenciamento de carga de trabalho que reconhecem o aplicativo e usam o aprendizado de máquina (ML) para dimensionar a infraestrutura sob demanda.
O caminho até a nuvem 3.0
À medida que as organizações adotam a nuvem 3.0, elas passarão por uma mudança na cultura de desenvolvimento de aplicativos. Grande parte do esforço de desenvolvimento de aplicativos sairá do desenvolvimento interno de infraestrutura e software. Ao mesmo tempo, os especialistas no assunto, em vez de desenvolverem software, desenvolverão aplicativos.
Embora as novas ondas de tecnologia possam oprimir em parte as organizações de TI, algumas etapas simples podem posicioná-las para o sucesso. A primeira etapa na jornada para a nuvem 3.0 é fazer a reengenharia do processo de arquitetura corporativa.
Na nuvem 3.0, a arquitetura corporativa torna-se um mapa de serviços da web e microsserviços com suas restrições e interdependências. As decisões de construção / compra agora são feitas no nível de microsserviço, com base em fatores como: propriedade intelectual ou segredos comerciais, custo, tempo de entrada no mercado, capacidade de execução, quais microsserviços são essenciais para o negócio e quais microsserviços fazem parte das ofertas ou são usados para processos internos de negócios.
A próxima etapa é encorajar os primeiros usuários a consumir serviços da web de provedores comerciais estabelecidos. Este é o início da transformação na cultura de desenvolvimento de aplicativos. Os desenvolvedores usarão cada vez mais serviços da web já prontos, e o desenvolvimento de aplicativos será cada vez mais rápido.
Isso permitirá mais tempo e recursos para os casos de uso reais. Então, mais fornecedores oferecerão serviços da web. À medida que competem, os preços cairão, o que tornará o desenvolvimento de aplicativos ainda mais econômico. Quando a nuvem 3.0 atingir a maturidade, uma grande porcentagem das ofertas de nuvem será desenvolvida e consumida como serviços da web.
Tudo isso ocorrerá rapidamente, embora com alguns obstáculos no caminho. Mesmo que, em breve, lidar com ambientes de infraestrutura e aplicativos seja uma coisa do passado, os profissionais de tecnologia terão que enfrentar novos desafios. A intercomunicação de serviços da web e microsserviços, bem como a latência e a carga da rede, continuarão a orientar as decisões de localização.
Dado o volume, velocidade e variedade dos dados (os 3V’s), alguns serviços da web serão implantados na extremidade da rede (Edge Computing), enquanto outros serão implantados na rede central. A depuração e a resposta a incidentes serão exponencialmente mais complexas em comparação aos sistemas monolíticos locais. Segurança e privacidade para sistemas compostos de microsserviços altamente distribuídos exigirão novos tipos de ferramentas e padrões de projeto.
A ascensão da nuvem 3.0 vai trazer um amplo espectro de inovação e um incrível valor de negócios para a empresa, anteriormente limitada pela capacidade de hardware, acessibilidade e escalabilidade. Essa nova disrupção da nuvem oferecerá a oportunidade única de alavancar a experiência interna existente e as competências essenciais de sua organização para criar as inovações futuras que transformarão o modo com os negócios são feitos.
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